Arquitetura de Amar

 

ou Fruto da Imaginação (De Um Coração Que Deseja)

 

 

Durante todas as eras
a humanidade especula se há uma
ordem
por trás das voltas e revoltas
do universo
ou se é somente por artes do acaso,
e dos deuses da desordem,
que se tece a trama dos encontros.

Cada filósofo e religião
oferece sua cifra-chave
para a decodificação dessas metáforas
que conjugam (ou não) as palavras,
a necessidade e as coisas almejadas…

Pois eu, a cada vez que te contemplo (entre devaneios e imaginação),
percebo que há um poder e uma ordem
por trás da arquitetura do caos
e que os planetas giram simplesmente
para que, um dia, você apareça
no meu dia.

 

Insônia Ltda.

  

Quando você aprende a conviver em harmonia com a insônia, ela pode até se tornar uma aliada. Enquanto os outros dormem, abre-se um universo paralelo que inclui pessoas, lugares, cheiros, comidas e até animais que, a princípio, não existem para a sociedade do horário comercial.

Depois de anos por amaldiçoar frustrações passadas pela insônia, com o tempo de aprendizado noturno as pessoas começam a reclamar é quando o sono chega antes de o sol nascer. Pois é justamente nesse horário, no qual até os meliantes adormecem, que você consegue apreciar o azul de uma bebida, o sabor de uma conversa e a compaixão de um vira-lata.

Com o tempo, você identifica aqueles lugares cujas portas não fecham antes do primeiro raio de sol. Ali, você vai encontrar sempre os mesmos garçons puxando uma soneca enquanto não aparece um cliente. Ao entrar, eles se recompõem, ajeitam a gravata na gola e se aproximam rapidamente. Não para trazer o cardápio, não para perguntar qual é a bebida. Porque tudo isso eles já sabem decorado.

Aproximam-se para reclamar. Afinal, já faz tempo desde sua última visita. Eventualmente, pedem para você olhar um caderno com textos obscuros que o filho adolescente escreveu e ele não entende nada daquilo que foi escrito. E às vezes eles não falam nada, apenas trazem sua dose e seu bife, em silêncio, pois sabem que quando você chega com o bloco de anotações à mão é porque quer apenas escrever em cima da mesa, sem ninguém por perto e sem importunos.

Dissabores noturnos

O silêncio é o bem mais caro da madrugada.

É com o silêncio nas ruas que você ensurdece perdido em ideias e questionamentos nem sempre cartesianos. E é com o mesmo silêncio que você consegue escutar de forma tão voraz o som dos primeiros roncos de motores de ônibus, uma espécie de aviso prévio da manhã comercial que se aproxima.

E enquanto se volta para casa, você se torna um privilegiado ao poder experimentar o sabor de uma fruta fresquinha, às 5h da manhã, quando o vendedor ainda nem armou o carrinho para começar a vender logo mais. É um prêmio pelo seu companheirismo de estar ali, como quem diz: ‘você não está sozinho nesse mato-sem-cachorro’.

E por falar em cães, eles talvez não sejam tão amigos quanto o cachorro-engarrafado do Vinícius (de Moraes), mas certamente conseguem sentir o cheiro do sono quando chega. São os primeiros a aparecer, lentamente, desgovernados pela rua, quase como lhe protegendo de seres sobrenaturais cujas narinas caninas conseguem sentir de longe, enquanto se caminha pela rua deserta. Se você voltar ao mesmo local durante o dia e procurar aquele vira-lata, ele não vai estar. Talvez, assim como nós, ele seja insone e apareça apenas durante a madrugada, sem hora marcada, mas nunca na hora errada.

Durante a semana, você aproveita para aprender com as histórias de vida de gente que sabe muito mais de vida do que você. Os porteiros largam e vão tomar um leite pingado com uma fatia de pão e margarina. Os garçons sabem de tudo o que acontece na cidade, você não precisa mais nem comprar jornal. Os taxistas dão as melhores dicas de bares discretos para você levar a amante. Dicas muito bem aproveitadas pelos seus amigos casados, aliás, são quem precisam.

No final de semana, contudo, é a sua hora de repassar conhecimento adiante. É quando aqueles guris saem das boates e baladas, fazendo barulho e cantando alto, como se fossem os donos da rua e tivessem o direito de acordar os felizes homens e mulheres que adormecem, juntos um ao outro.

E você, que nem fuma essas coisas caretas, precisa tirar um Marlboro do bolso da camisa xadrez, acender, tragar vagarosamente enquanto caminha de encontro a eles, fitando-os. E os mais perspicazes baixam o tom de voz, ou mesmo se calam, como se estivessem finalmente aprendendo que na vida real o silêncio sempre fala mais alto. Desde que você aprenda a ouvir.

Cheiros de madrugada

Você chega à praia e não consegue entender como a maresia e o cheiro de areia molhada são tão diferentes de madrugada. É apenas neste horário que você pode se deitar na areia de roupa e deixar a onda bater, sem parecer doido. E consegue ouvir quase todas as frequências sonoras de cada onda que se quebra. Não faço mais isso há muitos anos, mas me lembro das sensações.

Ao ir embora e ver os vendedores dormindo naquelas grutas no subsolo das barracas de coco, entende que seu ideal de desapego material ainda está longe de se concretizar, mas que agora não é mais hora para se pensar nisso, mas de voltar para casa – pois ao dobrar a esquina, já é possível ver o primeiro clarão de sol, não mais alaranjado e denso como outrora, mas agora esparso e amarelo claro. É o aviso final que o dia já chegou.

Pálpebras pesadas, você chega em casa procurando as mesmas respostas que sua insônia sempre lhe negou. Uma batalha que se dá por vencida, há muito, restando somente o refúgio do seu sofá, entre camisas, papéis espalhados e lembranças.

O cansaço e o peso do horário decerto não lhe deixam sonhar, mas logo mais à noite ela volta a fazer-lhe a mesma pergunta enquanto você tenta esquecê-la. Porque é a mão dela lhe puxando para a rua como quem partiu e não devia. Ou talvez seja apenas a mão pesada da insônia. Não faz diferença, porque ninguém nunca disse que era hora de partir. E mesmo assim; assim ela se foi.

Relacionamento a Três

 

Entende-se por relacionamento a três o seguinte: você, o bar e o garçom que lhe atende. É difícil, porque nem sempre os três lados convivem em harmonia. E quando um lado complica sua vida, você ainda tem outro para gerenciar.

Nesse contexto metafórico-realista, o bar faz o papel do homem. Está sempre lá, incólume, imutável. O tempo passa e o desgraçado não muda. Só de vez em quando aparece algo diferente: música ao vivo, promoção, "double beer" às terças, "double" de caldinho de feijão às quartas. Em geral, é sempre o mesmo, no lugar de sempre, com as mazelas de sempre.

Com todo respeito que me cabe à categoria (e desde já esclarecendo que sou hétero), o garçom é a mulher da metáfora, quer dizer, da história. O garçom é a mulher porque não existe coisa pior do que garçom cri-cri ou garçom estrela, aquele que se considera um ator de Hollywood só porque todo mundo o conhece.

Não raramente, o prazer de tomar uma cerveja depende do humor do garçom. Se ele estiver de ânimos alterados, prepare-se para um atendimento de péssima qualidade, para beber cerveja quente e para nunca conseguir ficar bêbado por causa da demora de chegar outra garrafa.

Por fim, você é o urso. Trocador de óleo profissional. Só entra quando há oportunidade, às vezes a pedidos. Claro, não fica restrito a apenas uma localidade etílica. Você pode frequentar quantos bares quiser, sem compromissos e sem neuras. Dá até para manter uma fidelidade consistente: por exemplo, toda segunda-feira é dia do bar do Zé Mineiro, toda terça naquele boteco boca de porco lá no outro bairro, toda quarta no boteco Mosca Frita... E por aí vai.

A VIDA É ASSIM

Todo relacionamento a três é complexo. O segredo é você não se deixar levar pela emoção. Às vezes ficamos chateados com o dono do bar, mas aí o garçom vem e lhe faz um agrado: descola aquelas últimas Originais que estavam escondidas lá no canto do freezer, que você tanto pediu quando chegou e disseram que não tinha mais.

Não podemos nos deixar levar pela emoção e deixar de freqüentar o bar por causa do dono. E podem anotar: não confie em um dono de bar que não pratica esportes etílicos. Os melhores botecos são aqueles cujo dono é um atleta nato. Só um “auterocopista” para entender outros.

Ao mesmo tempo, já perdi a conta de quantas vezes deixei de ir a ótimos bares por causa do garçom. E de tantas outras vezes que perdi contato com excelentes garçons porque o dono não respeitava clientes um pouco mais insuportáveis do que o normal. Enfim, como disse, é um relacionamento complexo.

Certos bares têm aquela história de: “senhor, o bar vai fechar, vai querer mais alguma coisa?”. É claro que vou querer mais alguma coisa. Em alguns bares, a ladainha é dizer que a cozinha está fechando. E o que é que eu tenho a ver com isso? Eu não vim aqui pra comer, vim pra beber. Só que na hora de trazer a segunda garrafa após o fechamento da cozinha, já trazem a conta junto. Nessas horas não aparece ninguém para defender os Direitos Humanos ou os direitos do consumidor - etílico.

Como é que vou querer mais alguma coisa se já estão me dando a conta e me expulsando do bar? Em diversas ocasiões, só voltei para bares assim por causa do bom atendimento do garçom e, não raro, até por camaradagem entre nós – sem nenhum contexto homossexual, claro.

Tem bar que é o cúmulo do desrespeito: só vende cerveja longneck, que são mais caras e bem menores. Longneck é cerveja para quem não gosta de compartilhar o líquido precioso com os companheiros. Longneck não tem ritual, não tem adoração, não tem companheirismo. É coisa de americano.

Eu raramente volto em bar que só vende longneck. Questão de ideologia. Eu também tenho princípios, sejam eles quais forem.

CRISE DE CIÚMES

Garçom ciumento é o cúmulo do realismo etílico. São aqueles caras que fazem questão de sempre lhe atender, pois sabem que você trata bem, fala com eles de igual para igual, sempre deixa uma gorjeta no final e, às vezes, até puxa uma cadeira para conversar sobre as desgraças da vida.

Esses garçons não gostam quando outro garçom chega perto – nem para limpar a mesa. Você vira propriedade. Qualquer semelhança com mulheres ciumentas talvez não seja coincidência.

Bar é um lugar sagrado, porém, garçons não fazem milagres; mas ajudam bastante. São profissionais. Os bons garçons sabem diferenciar o tratamento solidário do racional, quando necessário.

Ao chegar para beber sozinho, os garçons verdadeiramente profissionais conseguem reconhecer quando você não quer muito papo e está lá para afogar as mágoas, pensar na vida ou, simplesmente, para relaxar um pouco antes de voltar para casa.

Quando você chega acompanhado, o bom garçom identifica o “status” da companhia. Ele pode separar uma mesa mais reservada, no canto da parede, longe dos olhares curiosos; ou pode colocar vocês dois bem no meio do bar, naquele barulho, cheio de gente ao redor — para que fique bem claro que você não tem nada com aquela baranga!

 

Mulheres Que Amam Trogloditas

  

 

O ideal é depois de algumas cervejas, mas pode perguntar aos homens que você conhece, pois a maioria terá uma opinião semelhante: os caras que se dão bem com as mulheres mais maravilhosas são, em 90% dos casos, umas mulas. Alguns, oito vezes mais gordos e feios do que você. E umas vinte vezes mais ignorantes. Em uma visão rigorosamente particular, é claro.

Então significa que o controle de qualidade das mulheres perdeu o controle? Não necessariamente. O que acontece é que os Neandertais que se dão bem com as mulheres maravilhosas fazem algo que nós não fazemos ou só fazemos em pouquíssimas ocasiões ou nunca: eles pegam na mão.

Fazem pose de namoro sério para suas amigas e colegas de trabalho, ligam para vocês todos os dias, prestam contas. Afastam-se dos amigos, diminuem a freqüência de jornadas nos bares mais sujos da cidade. E se dão bem, mesmo quando todos os amigos – dele – sabem que são os maiores manes que a humanidade já se ouviu falar.

Tentar refletir sobre o que leva mulheres maravilhosas a escolher cidadãos desse naipe que adoram fazer pose é o mesmo que adivinhar a cor do cavalo “Branco” de Napoleão: depois que você descobre o trocadilho, nunca mais cai na piada. E vice-versa.

Até na mesa de bar, que é um lugar sagrado, os trogloditas passam a noite toda segurando na mão, com a coluna ereta e o peitoral estufado. Sem nunca se esquecer de guardar o celular e a carteira na bolsa dela. Elas acham o máximo. Como se aquele território fosse dele e tivesse sido conquistado à duras penas – quando, na verdade, é exatamente o oposto: eles é que são os escolhidos.

Afinal, quem hoje ainda tem dúvidas de que é a mulher que “escolhe”? É muito simples: mulher ainda tem certo controle de qualidade, mas para alguns homens… umas coxinhas grossinhas já são o suficiente. Existem dúzias de teorias sobre o assunto. Algumas, inclusive, defendidas pelas próprias mulheres maravilhosas quando indagadas sobre a escolha tão desprezível de seres mais desprezíveis ainda.

Uma das teorias, e que não adianta dizer o contrário, é que a mulher zela mais pela segurança do que qualquer outra coisa – ou seja, não adianta se você é um bartender, se esforça pra ter um blog de crônicas, lê muito, escreve alguma coisa, se aventura no mundo dos códigos HTML e gosta muito de um bom Blues, mas sabe que a MPB também tem seu valor e é legal; tem que firmar compromisso, garantir aquela segurança sentimental, o telefonema quase que diário, a prestação de contas para onde você foi ontem à noite e o almoço com a família de vez em quando.

Em outras palavras, você precisa deixar seu lado urso (com trocadilhos) de lado para se transformar num cara desse tipo. Há teorias de que a mulher nem se importa de estar com um cara desses porque ele sabe dar valor a ela, vai querer bajular; enquanto que um cara bacana e descolado não vai saber, pois supostamente já tem muita mulher bonita correndo atrás dele. Ledo engano, porém, visto que geralmente acontece o oposto.

Há teorias de que o cidadão, sabendo que é bronco e que mulher nenhuma vai dar bola, trata logo de passar o dia elogiando e fazendo todos os gostos da eventual mulher maravilhosa que levantou asas para ele. E sempre vai ter uma maravilhosa disposta a isso. Sempre.

Evidentemente, também há aquela teoria da idade. Por mais maravilhosa e inteligente que uma mulher possa ser, o inconsciente
coletivo de se casar e se adequar aos padrões da sociedade e satisfazer a família, se intensifica. O medo generalizado (porém com certa razão) de chegar a uma idade que não mais permite a reprodução invade o consciente, inconsciente e subconsciente feminino.

Quando chegam na faixa dos 30 anos, a situação se torna crítica e periclitante. Muitas simplesmente surtam de vez. Resolvem não dar tempo ao tempo. E sempre haverá um mané à espreita. Sempre.

Se a situação já se torna crítica quando a mulher beira os 30 anos, a tensão piora astronomicamente quando ela atinge a idade de Cristo, 33. Aí, meu amigo, quem estiver por perto – e disposto a ser crucificado – é pego para ser Jesus. E quem não encarar esse evangelho, vira Pilatos. Claro que há exceções, mas as exceções eu deixo para a gramática.

As Mulheres Que Nós Amamos

 

 

Dedico esta crônica a todas as mulheres que não me quizeram e àquela que não me quer

 

As mulheres que nós amamos não são, necessariamente, as mulheres que nós estamos apaixonados ou para as quais dizemos “eu te amo” (e geralmente não é mesmo, pois nunca tivemos essa oportunidade). As mulheres que nós amamos não são as mulheres que nós amamos no sentido literal da palavra, mas sim num sentido muito mais amplo. Até parece complicado, mas não é.

As mulheres que nós amamos se enquadram naquele seleto grupo de mulheres superiores e maravilhosas que passam pelas nossas vidas (mas, raramente, como um eclipse solar). Deixam feridas que não cicatrizam nem envelhecem. Deixam marcas e lembranças que vão servir de epígrafe, até o fim de nossos dias, nas conversas de bar, no trabalho, com os amigos mais íntimos, etc.

Uma mulher maravilhosa não precisa ser linda e ter um corpo bonito. Na verdade, algumas mulheres maravilhosas fogem do padrão universal de beleza e nem por isso deixam de ser intensamente desejadas. É algo intrínseco a elas, consciente ou não. Talvez, herança genética. A diferença é o “jeitinho” delas.

Se você, homem bacana e versado, parar para pensar um pouco, vai conseguir recriar em sua mente todas as mulheres que nós amamos desde a época do ginásio. Sempre havia aquela especial, aquela que se destacava entre as demais mesmo não sendo a mais bonita. Na universidade e no trabalho não foi diferente, sempre há aquelas mais desejadas, idolatradas, cortejadas.

Elas nem são lindas, nem têm o corpo mais torneado. São apenas maravilhosas, simplesmente, do jeito delas. São as mulheres que nós amamos porque são únicas.

Elas fazem você acreditar que Deus realmente existe, mas também fazem você ter certeza que nem Deus as entende. Afinal, o que leva tantas dessas mulheres maravilhosas a muitas vezes se apaixonar por um troglodita ou um orangotango, em vez de um cara bacana e versado (e que tem um blog de crônicas toscas, é bartender e gosta de estudar web design) feito você.

As mulheres que nós amamos são indescritíveis. Algumas delas carregam aquele jeitinho de menina sapeca; algumas têm aquela voz rouca que deixa você de cabelos em pé; outras possuem uma voz suave e baixinha, que desafiam todo seu poder de contenção.

Outras têm aquele olhar maroto, meio tímida e meio selvagem; aquele sorriso sedutor, aquele andar diferente, aquela conversa cheia de gestos. Às vezes é o senso de humor, o espírito etílico, (muitas das vezes) a inteligência. Não há como provar cientificamente. Só quem entende o que são essas mulheres maravilhosas é quem as conhece, quem estuda ou trabalha junto a elas. Quem percebe essas mulheres, se não a gente?

Às vezes, essas mulheres maravilhosas nem gostam da fruta. Preferem maçã em vez de banana. Não importa. Nem por isso elas deixaram de serem nossas musas inspiradoras. E apenas reforçam nossa fé de que, um dia, iremos conseguir (re) convertê-las e mostrá-las que banana tem  mais potássio que maçã.

Por mais que você tente ignorá-las, por mais que você tente pensar em outra coisa, por mais que você tente esquecê-las ao chegar em casa, não adianta. Elas continuarão lá. Na mesa do bar, no fundo do copo de cerveja, no mesmo lado da calçada que andas naquele momento, às vezes, aí, sentada ao teu lado no ônibus ou metrô.

O único problema é que nem todas essas mulheres maravilhosas sabem quão maravilhosas elas são. E, infelizmente, com certa frequência, se deixam encantar por cidadãos broncos. Mesmo assim, elas continuam sendo as mulheres que nós amamos… mesmo quando não nos amam.