Carta Aos Amigos E Ao Amor Que Ainda Não Veio

 

Sei que é só em março,
O mês que trás regaço,
Mas já me adianto com certa ansiedade…
É quando acrescento mais um ano na idade.

(É! Sobrevivi aos fatídicos 27 e, também, aos tormentos dos 30)

Não refiz planos de vida nem de sorte…
Por algum tempo a´te desejei a morte…
E por falar nisso,
Continuo com o coração inerte,
Mas não se assustem?
Com os meus sumiços…
Só fiquei um tempo
Sem acesso à internet.
Não desejo mais ser um vencedor…
Só quero que a solidão
Não me cause mais dor.
Cansei dessa coisa toda de “ser”…
E dessa história de “chegar lá”…
”Lutar” e
”Crescer”…
Que além de me causar cansaço
É só pra encher o saco!

(Por mim, sobreviver e não fazer merda já basta!)

Não quero grana,
Não quero fama,
Não quero ser o melhor…
Ainda quero um amor verdadeiro, mas…
Quero é (tentar) ir com calma
E alma…
Envelhecer tranquilo
E sem maiores grilos…
E, neste mundo,
Ver o que ainda virá
E nos surpreenderá…
No mais, cervejas e histórias para contar
Aos poucos (e bons) amigos do peito!
E acho que é isso…
É. É isso, sim!

E a poesia?

Quase me esqueci da poesia:

Aqui jaz um egocêntrico:
Que escreveu nada além de sentimentos.
Extremamente monotemático
E temperamental desde os primórdios dos tempos:
Eu, Vinícius Bento.

 

 

 

S. Paulo, 25, uma sexta-feira de Setembro de 2009.

N. do A.: o poema sofreu modificações necessárias, pois, só os idiotas não mudam de ideia.

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