Do Que Sou…

 

Eu sou mais que palavras,
Mais que uma voz…
Eu sou lágrima, sorriso,
Olhar distante…
Eu sou mãos que trabalham,
E acariciam,
E que pedem outras mãos…
Eu sou fragmentos de um tempo que já passou - passado e presente…
Que me fez assim:
Assim, como sou!
Eu sou presença inteira, única…
Frágil quando sonha e
Forte quando quer mais!
Eu sou o dar-me sem nada ter,
Sou o livro por ler,
Nota para entoar…
Metáfora de homem que o é sem o ser…
E eu sou mais que palavras,
Mais que uma voz que se perde no espaço…
Que diz quase nada…
Do muito de nós.

 

 

 

S. Paulo, 3, (eu disse que era…) uma inspirada quarta-feira de Dezembro de 2008.

N. do A.: Foi neste poema que eu assumi meu gosto por reticências…

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